Fatores que Influenciam a Projeção de Crescimento da Economia em 2023
A projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 caiu de 0,79% para 0,76%. Essa estimativa está no boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). Além disso, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5% para o próximo ano. Essa previsão se mantém há sete semanas. Por outro lado, para 2025 e 2026, o mercado projeta uma expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente.
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, variou para cima, de 5,78% para 5,79% neste ano. Especificamente, para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%. As previsões para 2025 e 2026 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. Consequentemente, a projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 está acima do teto da meta de inflação do BC, que é de 3,25% para este ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Análise da Inflação no Brasil em 2023 e suas Implicações
Em 2024, a inflação deve ficar dentro da meta, que está prevista em 3%. De acordo com o Banco Central, a inflação só se ajustará a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, em 2,8%. Para ilustrar, em janeiro, o IPCA ficou em 0,53%, impulsionado pelo aumento dos preços de alimentos e combustíveis, segundo o IBGE.
A Influência da Selic na Projeção de Crescimento da Economia Brasileira
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, ela está definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Assim como em janeiro de 2017, a taxa está nesse nível desde agosto do ano passado.
Com as projeções de inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros poderão permanecer altos por mais tempo. Portanto, a autarquia não descarta novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como esperado em meados de 2024.
A expectativa para a Selic é que termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Além disso, a previsão para 2025 é de uma Selic de 9% ao ano.
Efeitos da Selic na Economia
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso reflete nos preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia. Quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, incentivando a produção e o consumo. Consequentemente, isso reduz o controle sobre a inflação e estimula a atividade econômica.
A expectativa para a cotação do dólar é de R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
